Uma recente pesquisa norte-americana considera que uma em cada 36 crianças está dentro do espectro autista. Os dados que mostram esses números já estão sendo utilizados por outros países, como o Brasil, e servem como premissa para reflexões e análises do que pode e deve ser feito para as pessoas com autismo enquanto políticas públicas de inclusão.
O assunto foi abordado em uma das mesas de discussão montadas nesta quarta-feira (5), no Encontro Alusivo ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo – Desafios e Conquistas, primeiro encontro tão específico sobre o tema, promovido pela Coordenadoria de Atenção à Pessoa com Deficiência em parceria com o Programa de Saúde Mental do município.
O evento foi realizado no auditório do Paço Municipal e reuniu profissionais de saúde, educação e sociedade civil organizada. Segundo Liana do Amaral, coordenadora do setor, o encontro veio da necessidade de estar próximos aos profissionais do município e sociedade que tratam do tema Autismo.
“Esse é o primeiro encontro com o tema e vamos realizar seminários e outras ações para tratar do assunto. O objetivo é conhecer a rede, os profissionais da rede e também ouvir a sociedade civil. A ideia é mostrar o que a Rede Municipal já faz para esse público, identificar necessidades, construir outras ações necessárias e buscar melhorias”, explica.
O Secretário Municipal de Saúde, Alexandre Cruz, esteve presente e falou sobre a importância da organização para um trabalho eficaz. “Debate se faz com respeito, ações e realizações”, afirmou.
A Secretária Adjunta de Atenção Básica, Nathália Antunes, ressalta que a pasta tem sido sensível em elaborar estratégias para a diminuição de filas de espera nos serviços de saúde mental do município. “Estamos em estudo para ver como fazer com os exames e filas para desafogar o sistema”, observa.
Gerente em Saúde Mental do município, Lorraine Pereira, também participou da programação, apresentando os pontos de atendimento para as pessoas com necessidades especiais do município.
A programação contou com as seguintes mesas de debates:
Mesa 1 – Importância da Investigação e Acompanhamento – Caso clínico
Neurologista Ana Lúcia Dias Guimarães
Mesa 2 – O Cuidado da Pessoa com TEA na rede de Saúde
Marisa Santos – psicóloga do Núcleo de Saúde Mental
Vanice Jesus da Silva – fonoaudióloga do Núcleo de Saúde mental
Verônica Santiago Piedade Ramos – Terapeuta Ocupacional coordenadora do CAPS Betinho
Yasmim Garcia Morínigo – psicóloga no CAPSI – Oficina da Vida
Viviane Mansur Coelho – Psiquiatra – CAPSI
Mesa 3 – A Associação Motivados Pelo Autismo
Lucia Anglada, engenheira civil, mãe de autista
Dia Mundial
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é 2 de abril. Os eventos alusivos à data visam reduzir a discriminação e o preconceito com relação às pessoas com TEA. Além de sintomas e tratamento, é importante o debate entre profissionais e a comunidade sobre o que diz a Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), através dos esforços da Organização Mundial de Saúde (OMS), de chamar a atenção para o autismo que afeta a maneira como as pessoas se comunicam e interagem. No Brasil, a data foi instituída em 2018.
Por Jornalista Carla Cardoso/ Secom Pref. de Macaé