O projeto Curta no Museu volta ao Solar dos Mellos nesta quinta-feira (26), às 19h, com exibição gratuita do filme “As Carpideiras”. A sessão acontece no museu localizado na Rua Conde de Araruama, nº 248, no Centro de Macaé. A entrada é franca, com distribuição de ingressos.
A secretária de Cultura, Waleska Freire, destacou a importância de ocupar o Solar dos Mellos com iniciativas que aproximem a população da produção audiovisual nacional. “O Curta no Museu é uma sessão de cinema e é uma forma de fortalecer a relação do público com o nosso patrimônio cultural”, afirmou. Segundo ela, oferecer um espaço acessível e acolhedor para o cinema independente é também uma maneira de democratizar o acesso à arte e estimular o debate sobre temas contemporâneos.
O coordenador do Curta no Museu, Helder Santana, ressalta que a proposta do projeto é valorizar o cinema como ferramenta de reflexão e pertencimento. “Cada sessão é pensada para provocar o público, convidando-o a olhar para diferentes realidades e narrativas que compõem o Brasil profundo”, frisou. Ele também enfatizou o papel do Solar dos Mellos como cenário ideal para esse encontro entre arte e memória: “Exibir filmes num espaço histórico como o museu potencializa a experiência e reforça a identidade cultural da cidade”, atestou.
– Estou muito contente com a exibição do filme no projeto Curta No Museu. É um projeto muito importante porque promove a experiência cinematográfica com gratuidade e também com produções locais na programação. Essa iniciativa é de extrema relevância para a formação de plateia e para a difusão da cultura do cinema brasileiro – comentou o Tiago Maviero, que assina a direção e o roteiro do filme.
Sobre As Carpideiras
As Carpideiras é um filme que faz parte de um universo que começou em 2005 com uma peça de teatro em Rio das Ostras. “Em 2018, fizemos a websérie no YouTube com 2 temporadas e 2 episódios especiais”, contou Tiago.
Segundo ele, agora, 20 anos depois do início de tudo, fazer um filme com tantas pessoas envolvidas e poder exibir para o público local é muito gratificante. “É uma comédia que fala de mulheres que são contratadas para chorar em velórios e enterros. Desde o início a ideia era mostrar como uma cultura milenar sobreviveria aos dias atuais”, disse.
– Em 2005, a grande revolução da Denise Danino era começar a aceitar cartão de débito e crédito na hora do pagamento pelo choro. Em 2025, elas já falam em pix e QR Code. É uma história que se atualiza. Para elas, a morte é uma etapa da vida, um processo quotidiano – esmiuçou.
De acordo com o diretor, a matéria-prima do humor nesse caso não são os mortos ou a dor da perda, a comédia é feita sobre os vivos que estão ali. “O espectador consegue se divertir com as confusões delas e também se emocionar com algumas surpresas”, adiantou.