Celular nas aulas de matemática é distração para 8 em cada 10 estudantes brasileiros

 Celular nas aulas de matemática é distração para 8 em cada 10 estudantes brasileiros

Essa proporção é maior que a da OCDE

Uma pesquisa do Pisa revelou que o uso de celular nas aulas de Matemática prejudica o aprendizado, afetando oito em cada dez estudantes brasileiros de 15 anos. Essa proporção é maior que a da OCDE, onde seis em cada dez estudantes da mesma faixa etária se desconcentram com o uso dos aparelhos. Escolas começam a proibir o uso de celulares durante a aula, e a Escola Lourenço Castanho, em São Paulo, adotou essa medida com resultados positivos.

A proibição na Escola Lourenço Castanho entrou em vigor neste ano e abrange desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental só podem usar o aparelho nos horários de entrada e saída, enquanto no Ensino Médio o uso é autorizado apenas durante o período do lanche. Professores e colaboradores também estão sujeitos à regra.

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A diretora do Ensino Médio da escola, Daniela Coccaro, destacou que a medida vai ao encontro de um movimento global, adotado em países como Finlândia e Suécia. Para promover alternativas ao celular, a escola realiza atividades no intervalo, como oficinas de trabalho manual e criatividade, visando fortalecer os vínculos sociais.

No entanto, para que a proibição seja eficaz, é essencial o apoio das famílias. As regras foram criadas com base nas consultas à comunidade escolar, mas é importante que os pais apoiem a decisão e chamem a atenção dos filhos quando necessário. A colaboração de todos é fundamental para minimizar os impactos negativos do uso excessivo do celular nas salas de aula e promover um ambiente mais propício ao aprendizado.

Sobre a Escola Lourenço Castanho

Oferece um projeto pedagógico inovador, que extrapola o trabalho com os conteúdos produzidos pelas grandes áreas do conhecimento, investindo também no desenvolvimento da autonomia e da crítica, na análise da dimensão social construída pelos estudantes e na vinculação com o saber. Ao longo dos anos, a Escola mantém o compromisso com seus princípios, consolidando a formação integral como a base de seu projeto pedagógico-educacional.

Sobre Daniela Coccaro

Graduada em Química e mestre em Biomonitoração Ambiental e Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo. É professora de Química desde 1996. Foi coordenadora de série e de Projeto Científico do Ensino Médio da Escola Lourenço Castanho e hoje atua como diretora pedagógica do Ensino Médio na mesma instituição.

Redação

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