Para a biomédica, Bárbara Arranz, o CBD pode ser um antidepressivo de ação rápida e com menos efeitos colaterais do que os remédios tradicionais
A depressão é uma doença silenciosa, que atinge duas vezes mais o sexo feminino em âmbito nacional. Pra você ter ideia, 14,7% das mulheres sofrem de algum transtorno psíquico no país, ante 7,3% entre os homens.
Estresse diário, ansiedade, pré-disposição genética e disfunção hormonal são apenas algumas das condições que causam a depressão, transtorno que afeta mais de 23 milhões de pessoas no Brasil.
Segundo uma pesquisa realizada pela Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, cerca de 11,3% dos brasileiros receberam um diagnóstico médico da doença. Um número superior à média apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o país, que é de 5,3%.
Como forma de tratamento, o CBD, ou canabidiol, que é um composto encontrado na cannabis, tem ganhado destaque por seu potencial terapêutico em diversas condições médicas, incluindo a depressão.
Para Bárbara Arranz, Biomédica & Founder da LinhaCanabica.com & Hemp Vegan, de fato, estudos recentes têm mostrado que o CBD pode ser um antidepressivo de ação rápida e com menos efeitos colaterais do que os remédios tradicionais.
“Uma das possíveis vantagens do uso do composto é sua ação rápida e segura. Os antidepressivos comerciais costumam demorar de duas a quatro semanas para surtir efeitos significativos, além das contra indicações e efeitos colaterais fortes, ainda podem ser ineficazes”, afirma a biomédica.
Um ponto de atenção é que os canabinóides têm efeitos bifásicos, ou seja, podem ter efeitos diferentes em dosagens diferentes. Para aqueles com ansiedade junto com a depressão, a microdosagem de THC pode ser útil , mas uma dose muito alta pode causar ansiedade e aumentar a sensação de estar “baixo”.
“Isso dá uma pista de por que a pesquisa sobre o uso de cannabis e a depressão parece retornar resultados tão diferentes, com alguns afirmando que ajuda e outros estudos mostrando uma correlação entre o uso de cannabis e um aumento nas taxas de depressão em uma população”, comenta Bárbara.
Como a Cannabis medicinal pode ajudar?
“Não podemos dizer que a modulação do sistema endocanabinóide (ECS) é uma resposta melhor: a maioria das evidências é pré-clínica, como acontece com muitos estudos sobre cannabis para problemas de saúde específicos. Mas o fato de os canabinóides funcionarem em múltiplos alvos receptores pode nos dar uma pista sobre como surgem condições específicas com causas poligenéticas e qual a melhor forma de tratá-las”, explica Bárbara.
O sistema endocanabinóide desempenha um papel fundamental nas respostas emocionais e na função cognitiva, e estudos clínicos e pré-clínicos sugerem que a desregulação de sua sinalização neuronal pode estar envolvida na fisiopatologia desses distúrbios, causando ansiedade, depressão, esquizofrenia.
Com isso, estratégias terapêuticas baseadas em drogas que modulam a sinalização endocanabinóide podem ser úteis no tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos, trazendo alívio dos sintomas da depressão e possível controle da doença.
Canabidiol auxilia mulheres contra a depressão – Estudos indicam que 14,7% das mulheres sofrem de algum transtorno psíquico no país, ante 7,3% entre os homens. Segundo a biomédica Barbara Arranz, o canabidiol (CDB), que é um composto encontrado na cannabis, tem ganhado destaque por seu potencial terapêutico em diversas condições médicas, incluindo a depressão.
O Canabidiol, de acordo com a especialista, possuem ações mais rápidas que os antidepressivos comerciais – estes costumam demorar de duas a quatro semanas para surtir efeitos significativos, além de apresentarem efeitos colaterais.
Barbara Arranz, biomédica especialista em cannabis medicinal e fundadora da Hemp Vegan.