Show sobre musicais de Chico Buarque no Teatro Firjan SESI Campos

 Show sobre musicais de Chico Buarque no Teatro Firjan SESI Campos

Fotos: Divulgação

Cláudio Lins reúne canções dos musicais de Chico Buarque; peça infantojuvenil fala das descobertas e epifanias de crianças e jovens

A programação de junho do Teatro Firjan SESI Campos abre as cortinas nesta semana para duas grandes apresentações. Nesta sexta-feira (16/6), Cláudio Lins – filho da cantora e atriz Lucinha Lins e do cantor e compositor Ivan Lins – apresenta seu show “Chicoteatro”, em que faz uma minuciosa pesquisa dos musicais de Chico Buarque. Já no sábado (17/6) é a vez do espetáculo infantojuvenil “3 histórias encontram um rio”, com descobertas e epifanias para crianças e jovens.

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O show de Cláudio Lins reúne as composições do célebre artista feitas para musicais e balés. Ainda na faculdade, Chico musicou a monumental obra “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto. Depois, vieram clássicos como “Roda Viva”, “Calabar”, “Gota D’água”, “Ópera do Malandro”, “O Corsário do Rei” e “Cambaio”, além dos balés “O Grande Circo Místico” (que posteriormente viraria musical e filme) e “Dança da Meia-Lua”. Os ingressos se esgotaram uma semana antes do show.

No palco, além de cantar, Claudio imprime toda a sua vivência de ator de teatro, cinema e televisão para, sutilmente, encarnar personagens masculinos e femininos sem nenhum pudor. Ao cantar “Viver de Amor”, da “Ópera do Malandro”, ele aproveita para homenagear sua mãe Lucinha Lins, que encarnou a personagem Vitória Régia numa grande montagem em 2003.Ou entender os dramas e as polêmicas em torno da megaprodução “O Corsário do Rei”, antes de ouvirmos algumas de suas canções mais marcantes.

3 histórias encontram um rio

O espetáculo é composto por três narrativas sequentes. Em “Um menino com um raio de árvore”, pai e filho descobrem água numa localidade de seca. “Brisa” conta a história de uma filha que parte em busca de uma antiga saia materna, que fugiu pela janela com o vento. Já “Dedos D’água” segue a trajetória de Leo, um menino que tenta aprender a tocar violão com as sabedorias da Bisa Dália, da Vó Dulce e da Mãe Dalvinha.

As três histórias são contadas ludicamente apenas com fios e cordas que nascem de malas presentes no espaço. Há um prólogo de apresentação dos dois atores narradores, no qual se estabelece o jogo de perguntas que guia o encontro: como tramas de histórias podem nascer? Como nascem e como crescem os personagens? E afinal, como surgem os diferentes rios nas três histórias contadas?

Com cenografia altamente sintética, a atriz Elisa Pinheiro e o ator Kadu Garcia mantêm uma relação de partilha com o público, com temáticas sobre nascimentos e crescimentos. A partir desses temas vitais, abordam-se questões referentes à ancestralidade, à integração de crianças com o tempo e à interação das crianças com as forças da natureza. São narrativas com abordagens profundas, porém contadas com leveza, humor e poesia precisa, que conquistam uma interação que transita tanto pela sensibilidade infantil quanto pela maturidade dos personagens adultos de cada história.

3 histórias encontram um rio – Foto: Renato Mangolin

O grande dia

Já no último espetáculo da programação de junho, “O grande dia” aborda a complexidade da masculinidade negra. São apresentados sete homens, sete histórias, sete lutas e sete rounds em sete circunstâncias de sete realidades diferentes. A peça aborda a masculinidade negra, trazendo para o palco a quebra de paradigmas e estereótipos sempre designados a homens de pele preta, a partir de personagens de diversas partes do mundo. Figuras conhecidas e desconhecidas, como Mestre Casquinha, Seu Ary Bicancara, Mumia Abu Jamal, Malcom X, Marcus Garvey, Rubens Barbot e Mohammad Ali, são abordadas em fragmentos reais e ficcionais.

A peça mescla elementos do teatro e do audiovisual para mergulhar no ponto de vista dos homens negros, estatisticamente mais expostos à violência urbana. A memória ancestral e a exaltação de antepassados também são colocadas como parte crucial nesse processo criativo. O espetáculo conta com a participação da atriz e diretora Tatiana Tibúrcio, vencedora do prêmio APCA 2020 de Melhor Atriz pelo especial “Falas Negras”; e texto e direção de André Lemos, primeiro artista negro a ganhar o prêmio Shell de Teatro na categoria Direção (RJ- 2019).

O guia cultural é atualizado mensalmente na página Guia de Cultura da Firjan SESI e pode ser acessado neste link.

Serviço:

• Chicoteatro

Data: Sexta-feira, 16 de junho

Horário: 20h

Ingressos esgotados.

• 3 histórias encontram um rio

Data: Sábado, 17 de junho

Horário: 16h

Ingressos: R$ 20 inteira | R$ 10 meia. Na bilheteria ou no link: https://bit.ly/3historias_cam

• O grande dia

Data: Sexta, 23 de junho

Horário: 20h

Ingressos: R$ 20 inteira | R$ 10 meia. Na bilheteria ou no link: https://bit.ly/ograndedia_cam

Por Secom Firjan

Redação

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