O mês de julho será marcado por ações voltadas para o fortalecimento, reconhecimento e promoção das políticas públicas de igualdade. No dia 26 (quarta-feira) será realizado o Festival da Mulher Negra, às 18h, na Rinha das Artes. A programação é uma homenagem ao dia 25 de julho, em que se comemora o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, data para relembrar a luta, memória e resistência das mulheres negras do país.
A programação, organizada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, contará com feira de artesanato com acessórios, livros, roupas e acarajé, além da apresentação musical da cantora Jô Wilmer e os músicos Diego Barros e Saulo Marinho, performance artística com dança de Claudia Bispo e poesia e repertório especial com o grupo Cigarras. Também será lançado o livro “Mulheres que pariram a esperança: Narrativas femininas sobre a vida”. A obra conta com a produção de moradoras do Bosque Azul e foi coordenada pela professora do campus Macaé da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rute Costa.
A oportunidade será marcada ainda pela entrega do prêmio Drª Olga Neme, criado para homenagear mulheres empreendedoras e habilidosas, que contribuem para o desenvolvimento econômico, social e cultural regional. Diante do prêmio, será realizada na página do Instagram da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (@igualdaderacialmacae), a indicação popular para receber votos. A premiação será para quatro mulheres negras que se destacam em várias áreas conforme talento e habilidade.
Vale lembrar, a advogada Olga Sueli Neme Rios, falecida em 2013, prestou relevantes serviços à sociedade à frente da Organização Não Governamental (ONG) Milagre da Vida. Defensora dos Direitos Humanos, ela se dedicou especialmente a pessoas com vírus HIV.
A Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Zoraya Brás, lembra que este mês será marcado pelo reconhecimento e reverência à ancestralidade, lutas, vitórias e conquistas. “Vamos destacar a valorização das mulheres negras e do símbolo Carukango, um dos personagens históricos mais importantes”, ressalta.
Livro – “Mulheres femininas que pariram a esperança: narrativas femininas sobre a vida” é uma obra que reúne histórias de vida narradas por mulheres que, com coragem, romperam a passividade da leitura e da escuta, encontrando o movimento da escrita. São relatos de mulheres negras, migrantes, mães, trabalhadoras, companheiras, filhas que, ao compartilharem as suas dores e esperanças, construíram juntas outras possibilidades de estarem no mundo. No livro, elas falam de si mesmas como autoras das próprias histórias. De acordo com a professora Rute Costa “este livro é resultado de troca, de escuta cuidadosa e respeitosa, de encontros onde o conhecimento e o afeto foram parte de uma proposta ousada de parir esperança no presente. Maria de Fátima, Jô, Van, Silmara, Mirian, Alda, Késia, Marinês, Shaiane, Diane falam suas histórias”.
25 de julho – A data foi sancionada pela Lei 12.987/2014. Tereza de Benguela foi uma líder do quilombo Quariterê e viveu no século XVIII. Depois da morte do companheiro, José Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo e, através de sua liderança, os quilombolas resistiram à escravidão por duas décadas, até 1.770, quando o quilombo foi destruído pelas forças do governador da capitania do Mato Grosso, Luiz Pinto de Souza Coutinho. Parte da população, 79 negros e 30 índios, foi assassinada; e outra, aprisionada.
Mais programação – Ainda neste mês, no dia 28, está prevista a inauguração do monumento histórico Carukango, às 10h, na Praça do Museu do Legislativo, no Centro da Cidade. A obra é uma ação para homenagear e lutar pela igualdade racial e ficará na calçada do Museu. Já no dia 2 de agosto está previsto o V Fórum de Igualdade Racial, que vai acontecer no auditório Cláudio Ulpiano da Cidade Universitária, às 10h.
Por jornalista Joice Trindadeq/ Secom Pref de Macaé