Produto deve ser usado apenas sob recomendação médica. Automedicação de gotas nasais pode causar dependência, prejudicar a respiração e a saúde do organismo.
No outono e inverno, o clima mais frio e seco pode afetar a mucosa nasal, causando sintomas desconfortáveis, como o nariz entupido. Para aliviar essa sensação, muitas pessoas recorrem aos descongestionantes nasais. No entanto, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) alerta sobre o uso indiscriminado desse medicamento, que pode trazer sérias consequências à saúde. O presidente da Academia Brasileira de Rinologia (ABR), Otavio Piltcher, explica que os descongestionantes têm um efeito vasoconstritor que proporciona alívio temporário, mas pode causar um efeito rebote e agravar a obstrução nasal.
Mitos e Verdades:
1. Pode atrapalhar o diagnóstico médico Verdade. O uso indiscriminado de descongestionantes nasais pode mascarar os sintomas reais de problemas como rinite, sinusite, gripes e resfriados, dificultando um diagnóstico correto e atrasando o tratamento adequado.
2. Vicia o organismo e causa rinite medicamentosa Verdade. O uso prolongado de descongestionantes nasais pode levar à cronificação dos sintomas e dependência do medicamento, resultando em um círculo vicioso de uso contínuo e agravamento dos problemas de saúde.
3. Pode causar problemas cardíacos e outros danos à saúde Verdade. O uso excessivo aumenta o risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, trombose e até acidente vascular cerebral (AVC), além de afetar o sistema nervoso central, podendo causar insônia e ansiedade.
4. Crianças estão proibidas de fazer uso da medicação Mito. Embora não seja recomendado o uso de descongestionantes nasais em crianças de forma geral, em situações específicas e com orientação médica rigorosa, é possível utilizá-los a partir dos 4 anos de idade. O cuidado deve ser redobrado para evitar riscos de intoxicação.
5. Grávidas e lactantes não devem usar o produto Verdade. O uso de vasoconstrictores nasais não é recomendado durante a gravidez, pois pode prejudicar o desenvolvimento do feto e interferir na circulação sanguínea da placenta.
É crucial que as pessoas entendam os riscos do uso indiscriminado de descongestionantes nasais. A automedicação pode agravar os problemas, e é essencial buscar orientação médica para um tratamento seguro e adequado.
Sobre a ABORL-CCF
Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600 otorrinolaringologistas em todo o país.