A iniciativa foi oficializada com a assinatura do Termo de Cessão de Uso da Estação Ferroviária de Glicério
A Estação Ferroviária de Glicério, localizada na praça Agostinho Nocchi, no distrito de Glicério, Região Serrana de Macaé, se tornará um espaço de convivência, cultura e educação. O projeto de restauração e conservação será elaborado pela Secretaria Municipal de Cultura, com apoio técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RJ). A obra será financiada com recursos próprios do município.
A iniciativa foi oficializada com a assinatura do Termo de Cessão de Uso da Estação Ferroviária de Glicério, realizada na última sexta-feira (28). Este termo (03/2024/Iphan) foi concedido pelo Ministério da Cultura, através do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan. O secretário de Cultura de Macaé, Leandro Mussi, destacou a importância histórica deste passo.
- “Este é um passo significativo para a preservação e revitalização do nosso patrimônio histórico, que simboliza a concretização de um projeto aguardado há mais de uma década pela comunidade macaense. A Estação Ferroviária de Glicério passará a ter um novo propósito, transformando-se em um espaço de convivência, cultura e educação. Daremos início aos estudos para a restauração e adaptação da estação, preservando as suas características históricas e integrando-a ao cotidiano da população”, disse o secretário.
A solicitação da cessão pela Prefeitura de Macaé foi feita há 13 anos (Processo 01500.000130/2012-16). A Estação foi tombada como patrimônio cultural ferroviário nacional pela Portaria do Iphan 407/2010. A Lei 11.483/2007 atribuiu ao Iphan a responsabilidade de zelar pelos bens artísticos, históricos e culturais da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA). Desde então, o Iphan avalia quais bens possuem valor histórico, artístico e cultural.
História da Estação Ferroviária
No século XIX, as dificuldades do governo imperial em implantar estradas de ferro no Brasil levaram à busca por investidores estrangeiros. As ferrovias foram implantadas por concessões governamentais. Entre o final do século XIX e início do século XX, investimentos, principalmente britânicos, impulsionaram a construção de linhas férreas. A expansão ferroviária facilitou a entrada de capital estrangeiro e incentivou a economia exportadora, interligando centros de produção agrícola e de mineração aos portos. Diversos planos foram elaborados para integrar a malha ferroviária, mas nenhum teve sucesso devido à política de concessões do governo brasileiro.
