A cidade de Macaé, referência global na exploração de petróleo, enfrenta incertezas com uma possível alteração nos impostos sobre royalties. Proposta pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a mudança busca equiparar os valores de referência entre o pré-sal e o pós-sal, podendo impactar gravemente a economia local e a exploração na Bacia de Campos.
Royalties do petróleo: o que está em jogo?
Royalties são pagamentos feitos por empresas como a Petrobras ao governo pela exploração de petróleo. Esses valores, fundamentais para municípios produtores, são calculados com base no valor de referência do barril, que atualmente diferencia o petróleo do pré-sal e do pós-sal. A unificação dos valores proposta pela ANP poderia:
- Aumentar custos para empresas, tornando inviáveis projetos em campos maduros.
- Prejudicar Macaé, cuja economia depende diretamente das operações da Petrobras e das plataformas offshore.
Risco de declínio econômico
Com a mudança, especialistas alertam para o risco de Macaé sofrer uma recessão semelhante à de Detroit, nos EUA, onde a dependência de uma única indústria resultou em colapso econômico. Isso poderia afetar empregos, investimentos e a revitalização da Bacia de Campos, comprometendo o papel de Macaé como polo estratégico da indústria petrolífera.
A cidade agora aguarda definições e mobilizações para proteger sua economia e o futuro da exploração de petróleo no Brasil.
