O Excesso de telas e as consequências no desenvolvimento infantil

 O Excesso de telas e as consequências no desenvolvimento infantil

Foto divulgação

O uso excessivo de telas tem comprometido o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças, uma realidade que se reflete em dados concretos e observações diárias. Até pouco tempo atrás, as pessoas memorizavam números de telefone e informações essenciais, mas hoje dependem de assistentes virtuais para essas tarefas. Isso levanta a questão sobre como estamos acessando e utilizando nossa memória de curto e longo prazo.

Impacto nas Crianças

Nós, adultos, somos modelos para nossas crianças e adolescentes. Portanto, é crucial refletirmos sobre o que estamos transmitindo além de dados e conveniências tecnológicas. A mediação do uso de tecnologia é essencial para evitar o rebaixamento cognitivo e afetivo nas escolas e em casa. A prática de usar o Google para tudo, sem exercitar a memória ou o pensamento crítico, tem impacto negativo em crianças que copiam esses hábitos.

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Estímulos Precoces e Suas Consequências

Crianças são expostas a estímulos tecnológicos desde muito cedo, com muitos pais utilizando telas como forma de entretenimento. Esse excesso de estímulos pode exigir respostas rápidas e hiperativas, sobrecarregando o desenvolvimento infantil. É importante que os pais estejam presentes e proporcionem um ambiente acolhedor e adaptado às necessidades das crianças.

Presença e Interação Humana

A interação humana é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Observação e exposição equilibradas são essenciais para promover o crescimento cognitivo e afetivo. As tecnologias devem ser reguladas e acompanhadas, permitindo que as crianças explorem o mundo real e desenvolvam habilidades de observação e atenção.

Papel dos Pais e da Comunidade

Os pais, escolas, pediatras e terapeutas desempenham um papel crucial no desenvolvimento infantil. A falta de interação e a dependência excessiva de telas têm levado a uma perda de habilidades simples, como se vestir, dobrar roupas, silenciar e entender regras. É fundamental que os pais retomem seu papel como primeiros educadores e modelos afetivos para seus filhos.

Conclusão

Precisamos reavaliar nossas práticas e responsabilidades em relação ao uso de tecnologia pelas crianças. A presença acolhedora e o estímulo adequado são essenciais para o desenvolvimento saudável. Devemos estimular brincadeiras, atividades criativas e a interação humana para garantir que as futuras gerações cresçam com habilidades cognitivas e afetivas bem desenvolvidas. O momento exige que recalculemos a rota da educação familiar e reassumamos nosso papel na formação das crianças.

Fonte: Esther Cristina Pereira* Especialista em educação infantil e desenvolvimento cognitivo.

Redação

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