INCA investiga impacto das células de defesa no desenvolvimento de tumores

 INCA investiga impacto das células de defesa no desenvolvimento de tumores

Foto ilustrativa

Pesquisadores utilizam o sequenciamento de células únicas e a bioinformática e geram dados que podem colaborar com avanços no desenvolvimento de novas terapias

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) está na vanguarda da pesquisa sobre o papel das células imunológicas no desenvolvimento e progressão de tumores. Utilizando técnicas avançadas de sequenciamento de células únicas e bioinformática, os pesquisadores estão gerando dados cruciais que podem revolucionar o tratamento do câncer.

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Um estudo recente, publicado na revista Nature Communications, revelou insights importantes sobre os macrófagos, células do sistema imunológico que desempenham papéis cruciais e, por vezes, ambíguos no combate ao câncer. Coordenado pelo INCA e realizado em parceria com universidades renomadas, como a UFSC, USP e Unicamp, o estudo foca na caracterização das células mieloides e suas implicações no desfecho do câncer.

Dualidade dos Macrófagos no Câncer

Os macrófagos podem atacar células cancerosas e estimular a resposta imunológica, mas também podem ser subvertidos pelo tumor para promover seu crescimento. Entender essa dualidade é essencial para desenvolver terapias mais eficazes. A coordenadora do estudo, Mariana Boroni, destaca a importância de identificar e discernir subpopulações de macrófagos para abrir novas oportunidades terapêuticas.

Metodologia Inovadora e Resultados Promissores

A pesquisa analisou 392.204 células de treze conjuntos de dados públicos, abrangendo sete tipos de tumores sólidos. O objetivo principal foi mapear, em alta resolução, as células imunes derivadas de mieloides no microambiente tumoral. Os resultados identificaram populações específicas de macrófagos associadas à progressão de tumores de alta malignidade, como câncer de mama triplo negativo e câncer de ovário.

Gabriela Raposo, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Oncologia do INCA e primeira autora do estudo, ressalta que essa caracterização detalhada dos macrófagos abre caminhos para o desenvolvimento de biomarcadores e novas imunoterapias, fundamentais para a medicina de precisão.

Implicações para o Futuro

A capacidade de identificar populações específicas de macrófagos e seus biomarcadores associados a prognósticos desfavoráveis é um avanço significativo. Esses achados possibilitam o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e eficazes, mostrando como a integração da bioinformática com a pesquisa oncológica pode transformar o combate ao câncer.

Este estudo do INCA é um exemplo inspirador de como a pesquisa avançada pode oferecer novas esperanças no tratamento do câncer, contribuindo para uma melhor compreensão e combate dessa doença devastadora.

Redação

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