Novo estudo divulga medicação que leva a perda de 24,2% do peso corporal

 Novo estudo divulga medicação que leva a perda de 24,2% do peso corporal

Foto Divulgação

A obesidade é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

Além dos desafios estéticos, a obesidade também pode levar a uma série de problemas de saúde, como, por exemplo:

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    • Diabetes tipo 2;

    • Doenças cardíacas; 

    • Doenças do fígado;

    • Apneia do sono;

    • Hipertensão arterial;

    • Problemas renais;

    • Dores nas articulações;

    • Diversos tipos de câncer.

Como resultado, muitos pacientes que sofrem com a obesidade buscam tratamentos para ajudá-los a perder peso e melhorar sua saúde geral. 

Recentemente, a Eli Lilly anunciou um novo medicamento, ainda em fase de estudos, chamado retatrutida, que tem o potencial de fornecer maiores benefícios para diabetes e diminuição do peso, do que qualquer medicamento atualmente no mercado. A retatrutida é um medicamento injetável, duplo agonista que atua nos hormônios GLP-1 e GIP, e também imita o hormônio glucagon. Acredita-se que a ação combinada desses hormônios possa explicar por que a retatrutida produz uma perda de peso mais eficaz do que outros medicamentos.

Mas como esses hormônios e a retatrutida funcionam no corpo? E como eles ajudam os pacientes a perder peso?

O papel dos hormônios na regulação do apetite

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo explica que os hormônios GLP-1, GIP e glucagon desempenham um papel importante na regulação do apetite e no controle da glicemia. O GLP-1 e o GIP são produzidos no intestino e estimulam a liberação de insulina pelo pâncreas em resposta à ingestão de alimentos. O glucagon, por outro lado, é produzido pelo pâncreas e ajuda a aumentar a glicemia quando ela está baixa. 

Os hormônios GLP-1 e GIP também podem ajudar a controlar o apetite, pois estimulam a liberação de um neurotransmissor chamado colecistoquinina (CCK), que ajuda a se sentir satisfeito após uma refeição. Além disso, eles também desaceleram o esvaziamento gástrico, o que significa que os alimentos permanecem no estômago por mais tempo, proporcionando uma sensação de saciedade por mais tempo.

Qual será o papel da retatrutida?

Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine mostrou que a retatrutida ajudou os participantes do estudo a perder em média cerca de 24% do peso corporal, o que equivale a cerca de 58 quilos. O medicamento também mostrou melhorias nas medidas cardiometabólicas em participantes do estudo.

Segundo representante da NYU Langone Health, a retatrutida está tentando aproveitar os próprios mecanismos do corpo que metabolizam os alimentos e dizem ao corpo quando parar de comer. A droga imita os hormônios GLP-1, GIP e glucagon para ajudar a controlar o apetite e aumentar a saciedade, o que pode ajudar os pacientes a perder peso de forma mais eficaz.

Insulina e glicemia

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda a regular aglicemia no sangue. Quando comemos, a glicemia aumenta e o pâncreas libera insulina para ajudar a transportar a glicose do sangue para as células do corpo, onde é usada para obter energia. A falta de insulina ou resistência à insulina pode levar a níveis elevados de glicemia no sangue, o que pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes tipo 2.

Medicamentos como a retatrutida ajuda a regular a glicemia, estimulando a liberação de insulina pelo pâncreas em resposta à ingestão de alimentos. Isso ajuda a manter a glicemia dentro de uma faixa saudável e pode ajudar a prevenir problemas de saúde relacionados ao açúcar no sangue.

Qual a diferença entre a semaglutida (Ozempic), e a tirzepatida (Mounjaro)?

A semaglutida é o ingrediente ativo dos medicamentos Ozempic e Wegovy da Novo Nordisk, que também são agonistas de GLP-1. A semaglutida ajuda a controlar a glicemia, estimulando a liberação de insulina pelo pâncreas em resposta à ingestão de alimentos. Além disso, a semaglutida também desacelera o esvaziamento gástrico, proporcionando uma sensação de saciedade por mais tempo.

A tirzepatida atua como um agonista de GLP-1 e também imita outro hormônio, chamado GIP. Se aprovada, a tirzepatida pode se tornar a droga mais vendida de todos os tempos. A aprovação do medicamento para perda de peso pela FDA é esperada para este ano ou no início do ano que vem.

A obesidade é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O tratamento da obesidade pode ser um desafio para muitos pacientes e profissionais de saúde. No entanto, os medicamentos experimentais como a retatrutida têm o potencial de fornecer maiores benefícios para a perda de peso do que qualquer medicamento atualmente no mercado.

A retatrutida é um medicamento promissor para o tratamento da obesidade e para melhorar a saúde geral dos pacientes. Com mais pesquisas e testes, esse medicamento pode se tornar uma opção eficaz para pacientes que lutam contra a obesidade e doenças relacionadas e substituir a cirurgia bariatrica.

“No entanto, é importante lembrar que a perda de peso sustentável requer mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e atividade física regular. Os medicamentos devem ser usados em conjunto com essas mudanças no estilo de vida para obter os melhores resultados possíveis.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Mais Sobre Dr. Ronan Araujo:

Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

O Dr. Ronan Araujo quer influenciar na mudança de estilo de vida, de hábitos e ajudar as pessoas a viverem mais tempo e com mais qualidade. “Não é apenas sobre emagrecimento, é sobre transformar vidas”, é um dos lemas do médico. Com atendimento único, acolhedor e resultados rápidos na parte da estética e da saúde.

Redação

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