A associação entre certas condições de saúde, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado e obesidade, e o risco aumentado de desenvolver Alzheimer tem sido reconhecida pela ciência há alguns anos. O Alzheimer, como forma comum de demência degenerativa, afeta a memória, as funções cognitivas, a capacidade de falar e pensar, além de causar estados de confusão, alterações de humor e desorientação espaço-temporal.
Recentemente, um estudo publicado na revista Neurology descobriu que adotar sete hábitos de vida saudáveis pode estar associado a um menor risco de demência em pessoas com diabetes tipo 2. Esses hábitos incluem:
- proibido fumar;
- consumo moderado de álcool;
- atividade física regular;
- dieta saudável;
- duração adequada do sono;
- comportamento menos sedentário;
- contatos sociais frequentes.
Detalhes do estudo
O estudo utilizou dados do Biobank UK, um banco de dados de saúde do Reino Unido, e criou uma pontuação geral de estilo de vida variando de 0 a 7, atribuindo 1 ponto para cada um dos 7 hábitos de vida saudáveis mencionados acima. Foram identificadas 167.946 pessoas com 60 anos ou mais, com e sem diabetes, que não tinham demência no início da pesquisa. Os participantes foram acompanhados por cerca de 12 anos, durante os quais 4.351 pessoas desenvolveram demência.
Resultados
As análises mostraram que pessoas com diabetes que seguiram dois ou menos dos sete hábitos saudáveis tinham quatro vezes mais probabilidade de desenvolver demência do que pessoas sem diabetes que seguiram todos os sete hábitos. Após ajustes para fatores como idade, escolaridade e etnia, as pessoas que seguiram todos os hábitos tiveram um risco 54% menor de demência em comparação com aquelas que seguiram dois ou menos. Além disso, cada hábito saudável adicional foi associado a uma redução de 11% no risco de demência.
Conclusão
O estudo destacou que um estilo de vida saudável pode reduzir significativamente o risco de demência em pessoas com diabetes tipo 2. Essa descoberta sugere que a adoção de hábitos saudáveis pode ser uma estratégia eficaz na redução do risco de demência e pode ser considerada por médicos e outros profissionais que tratam pacientes diabéticos.